Dê um tempo. A pressa é inimiga do amor.
*Sandra Rosenfeld


Se, mesmo depois de muitos anos ainda nos surpreendemos com nós mesmos... Nos pegamos no espelho perguntando: quem é esta pessoa realmente? Como pude falar ou fazer tal coisa? Ou por que não tomei determinada atitude? Onde estava com a cabeça? Logo eu, tão centrado ou tão direto, ou tão.... Não importa. A verdade é que vamos nos surpreender sempre. Esta é a dinâmica da vida.

Mas, se a todo momento percebemos que ainda temos muito a conhecer a si próprio e que talvez uma vida não seja suficiente, de onde tiramos a idéia que podemos rotular o outro num primeiro encontro, num primeiro minuto, numa primeira frase? Que prepotência é essa? No entanto é o que a maioria de nós faz.

E, ao contrário do que deveria ser, isso não melhora com a idade. Vou dizer uma coisa, às vezes piora. Acreditar que sabemos muito é uma grande cilada, a pior armadilha que armamos contra nós mesmos. Até podemos saber um pouquinho com o tempo, perceber certas coisas, certos jogos, mas não podemos esquecer nunca que no amor, infelizmente, a experiência da vida afasta mais do que aproxima.

Vamos ao primeiro encontro cheios de expectativas, mais do que em relação ao outro, a nós mesmos. Então, não ficamos muito à vontade. Se não estamos à vontade, como estamos então? Tensos e ansiosos, é claro! Tentamos disfarçar o máximo que podemos, mas nunca o bastante para olhar, ouvir, pensar o outro com o coração aberto. A tensão enrijece e a ansiedade não deixa a razão e a emoção agirem de comum acordo.

Por trás da tensão e da ansiedade há... o medo. Mas não adianta falar isso para os homens. Fale para um homem que ele está com medo e ele te olha como se você tivesse falado algo totalmente impossível de acontecer... com eles. Porque nós mulheres temos medo sim, nada demais, apenas aquele medo de sofrer de novo, de estar mais uma vez escolhendo a pessoa errada, de ser abandonada, de tudo aquilo que realmente pode acontecer porque está no pacote de todo relacionamento. Aliás, como tudo na vida, não há garantias. Mas, para os homens podemos dizer que por trás da tensão e da ansiedade há o o o .... pânico talvez?!

Não importa, medo, pânico, resistência. O que podemos fazer, homens e mulheres, para que o primeiro encontro não seja o último?

Dar um tempo. Isso mesmo. Não julgar, não rotular, não esperar nada nem do outro nem de si mesmo. Se a pessoa é bacana, se sentiram bem juntos, deram risadas, tiveram vontade de ir além, então não feche nenhuma porta. Deixe acontecer o segundo, o terceiro, o quarto encontro. Todos nós precisamos de tempo para ir relaxando, deixando de lado as armaduras com que nos defendemos e as armas sempre prontas para o ataque.

Não vamos levar em consideração muitas coisas nesses primeiros encontros. Na defensiva e ao mesmo tempo com muita vontade de acertar, falamos e fazemos coisas que não representam nossos verdadeiros sentimentos, não dizem quem somos realmente e tampouco a que viemos. Algumas atitudes e falas precisam ser levadas em conta sim, mas tudo com cuidado e atenção redobrados.

Quem sabe um pouco sabe que muito pouco sabe.

Um novo ano se aproxima. Que tal entre nossas metas colocar a de exercitar a paciência, a tolerância conosco e com o outro?

Que neste novo ano os encontros sejam maiores que os desencontros!

PAZ! Um 2009 de muito AMOR!

*Sandra Rosenfeld
Uma nova proposta de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) utilizando como ferramenta a meditação. Escritora, autora do livro O que é Meditação, ed. Nova Era, instrutora de meditação, ministrante de palestras, cursos e workshops para promover qualidade de vida pessoal e profissional.
www.sandrarosenfeld.com.br / contato@sandrarosenfeld.com.br
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 (dezembro / 2008  - publicado no site Bemzen)

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