Qual a hora de insistir ou desistir?

*Sandra Rosenfeld

 
Como saber quando é a hora de insistir ou desistir de um projeto seja pessoal ou profissional? Todos nós, em algum, ou vários momentos de nossa vida, já nos vimos nesse dilema.

Em se tratando de relacionamentos pessoais, leia-se amorosos, geralmente vamos até o fundo do poço, ou seja, deixamos esgotar, acabar dentro de nós qualquer esperança. Mas o ideal, para não desperdiçar nossos preciosos tempo e energia, é ao tomar consciência de que o relacionamento que ontem era alegria e amor, e hoje é tristeza, dor, ansiedade e angústia, a pessoa pare, faça contato consigo e se pergunte: quais as possibilidades de mudança ou de manter o relacionamento? Com a reposta em mãos fica mais fácil, mesmo que doloroso, tomar a decisão de desistir para então seguir em frente, se este for o caso, é claro.

Quando o projeto é profissional o ideal é colocar uma data, um prazo para que ele se concretize. Esse prazo pode e deve ser estendido no caso de se efetuarem novas estratégias, mas sempre obedecendo a um novo prazo e é claro que isso não pode ser ad infinitum.

No relacionamento pessoal, persistência e teimosia muitas vezes andam juntas e é difícil diferenciar uma da outra. Os efeitos de arrastar uma decisão são muitos porque atinge diretamente a parte emocional e as conseqüências podem ser duras afetando a saúde ( depressão, dores de cabeça, problemas de pressão arterial e até desenvolver doenças mais sérias) e o dia-a-dia ( desânimo, irritabilidade, ansiedade ) prejudicando inclusive a vida profissional.

No projeto profissional os efeitos podem ser devastadores tanto financeiramente, trazendo danos às vezes irreversíveis, quanto pessoalmente, refletindo nos relacionamentos e na saúde. Quando já analisamos a situação de forma crítica e profunda e já tentamos tudo que nos pareceu possível, este é o momento de dar um basta e buscar um novo caminho.

Ao tomar atitudes conscientes, certos da escolha, a sensação de desistência é substituída pela de estar agindo com sabedoria dando a si próprio a possibilidade de uma nova empreitada. Quanto a sensação de fracasso, esta existe quando a pessoa coloca o projeto acima dela própria. O projeto passa a ser a vida dela, quando na verdade ele só existe ou existiu por causa da pessoa, ou seja, ela é sempre o mais importante, mas nem todos têm esta consciência, havendo assim uma inversão de valores.

Ao planejar uma mudança de rumo é fundamental se posicionar no agora, onde a pessoa está, o que ela pode realizar daqui para frente e traçar um novo projeto de vida, seja pessoal ou profissional, com muita clareza, do que pretende nos próximos meses e anos e como atingir. Colocar no papel ajuda muito.

Enfim, o mais importante sempre é se colocar em primeiro plano e isto não é ser egoísta, mas respeitar a si próprio.  

 
*Sandra Rosenfeld
Uma nova proposta de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) utilizando como ferramenta a meditação. Escritora, autora do livro O que é Meditação, ed. Nova Era, instrutora de meditação, ministrante de palestras, cursos e workshops para promover qualidade de vida pessoal e profissional. www.sandrarosenfeld.com.br / contato@sandrarosenfeld.com.br
 

(09/10/2008  - publicado no site Wellness )

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