Todos nós somos um pouco vampiro
*Sandra Rosenfeld


Da mesma forma que amo escrever amo ler. Estou sempre lendo um livro, na verdade mais de um. Geralmente leio dois livros ao mesmo tempo com temas totalmente diferentes. É claro que minha preferência acaba sempre caindo sobre um, então este termina primeiro e ao invés de terminar o outro inicio o próximo.

Sou eclética em relação à leitura, aliás sou bastante eclética em relação à quase tudo, amizades, músicas, danças, etc... Este é um grande exercício, não erguer muros com preconceitos, regras excessivas.. Isto é essencial ou corremos o risco de nos tornar prisioneiros de nós mesmos, a vida segue lá fora e nós aprisionados atrás do muro que erguemos.

Sabendo disso, meu filho me presenteou com o livro, best seller, O Crepúsculo, um romance que está fazendo o maior sucesso principalmente entre adolescentes, sobre... vampiros. Comecei a ler sem nenhuma expectativa e quando me vi estava totalmente envolvida pela história.

Resumindo, o ponto alto do livro é a paixão “impossível” entre um vampiro e uma adolescente humana. E o ponto alto do enredo é o esforço que o vampiro faz, por amor, para não acabar com a vida dela. Esta força, ele consegue porque já é um vampiro antigo, vivido, evoluído, até mesmo para outros vampiros e por isso não se deixa levar somente pelo instinto.

Ao virar a última página fiquei pensando em como todos nós temos um lado vampiro, sedento de sangue e que às vezes precisamos de muito esforço para controlar. O sangue aqui é usado como substituto para inúmeras vontades nossas que são controladas, ou não, dependendo do grau de evolução de cada um.

Você pode dizer que muitas coisas não são feitas porque há leis que vão punir com multas e até prisão. E além das leis terrenas, existem as leis supremas, regidas pelas religiões. É verdade e isto apenas serve como embasamento para este artigo. Temos um lado vampiro que domamos, às vezes com muito esforço e outras por puro medo das consequencias. Mas, há pessoas que o lado instintivo, “animal”, de um tempo onde as leis ainda não existiam, suplanta todas as regras de educação, de respeito, de bom senso, do medo da punição. Este tipo de humano é atrasado espiritualmente, mentalmente, emocionalmente. Ainda não evoluiu o suficiente para ter o mínimo de autocontrole exigido numa sociedade.

É aquela pessoa que usa o poder do cargo para fim nada nobre, ou aquele outro que consegue o que quer através da força física, ou ou ou, e por aí vai, a lista é grande. Como ainda existem humanos atrasados bem do nosso lado!!! E, alguns são tão atrasados que ao menos conseguem perceber o quanto estão lá atrás.

 

*Sandra Rosenfeld
Uma nova proposta de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) utilizando como ferramenta a meditação. Escritora, autora do livro O que é Meditação, ed. Nova Era, instrutora de meditação, ministrante de palestras, cursos e workshops para promover qualidade de vida pessoal e profissional.
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 (fevereiro / 2009  - publicado no site Wellness Club)

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